SINDICALISMO NO MUNDO, LUTAS E ÊXITOS
Com sede em Detroit, um “viveiro” da indústria automóvel nos Estados Unidos, o UAW liderou uma luta de semanas que levou à assinatura de um histórico acordo com as “big 3” (Ford, GM e Stellantis). O resultado desta luta, na voz do presidente do sindicato, terá uma forte influência na classe trabalhadora nos EUA.
A chave para esta vitória terá estado na entrada do movimento grevista numa empresa no Tennessee, a Spring Hill, tendo essa acção contribuído para elevar a pressão sobre os patrões que cederam a um pré-acordo, que terá de ser votado pelos trabalhadores antes de se tornar efectivo e legal.
Uma série de conquistas foram alcançadas, nomeadamente “um aumento salarial de base de 25% ao longo dos próximos quatro anos em que estará vigente o contrato coletivo de trabalho, a que se juntam aumento relativos ao custo de vida, a contrastar com um aumento de 23% nos últimos vinte anos. Há ainda um aumento salarial para os trabalhadores a tempo parcial de 70% à sua entrada na empresa, a efetivação de todos os trabalhadores temporários com pelo menos 90 dias de trabalho, o que lhes valerá aumentos salariais imediatos entre 51% e 115%, o fim da discriminação salarial e melhorias no sistema de pensões.”
Até o Presidente em exercício, Joe Biden, saudou este acordo “formidável”.
Apesar dos resultados alcançados, o UAW já olha para o futuro, nomeadamente para 2028, altura em que voltarão à mesa das negociações, e tem a Tesla “debaixo de olho”.
Fonte: Esquerda.net