A PROPÓSITO DO TRABALHO EM PLATAFORMAS
Com a aprovação da reforma laboral e do seu novo e extenso artigo 12º A, que enfrenta forte oposição do lobby das plataformas e dos seus apoiantes, é importante aprofundar o conhecimento e a reflexão para a ação e a negociação coletiva em defesa dos trabalhadores das plataformas, (em que é dominante a exploração do trabalho precário e de trabalhadores imigrantes, muitos deles ilegais) e para fazer cumprir a legislação agora aprovada e que esperamos em breve vai ser publicada.
O interesse e oportunidade da partilha deste dossier temático publicado numa idónea revista, deve ser complementado com a atenção à evolução da discussão da diretiva europeia das plataformas e sobre a negociação coletiva nesta área.
Esta é matéria nova em que os representantes procuram caminhos e testam soluções. Não há caminho feito, mas em Portugal, evidencia-se um atraso grande no tratamento sindical do tema, muito genérico, vago, feito de lugares comuns, sem com isso se poder enfrentar os problemas criados. Conhecer as experiências dos outros e estudar e aprofundar o conhecimento é fundamental para defender estes trabalhadores (cada vez mais numerosos) numa matéria que tem evidências de afetar o futuro dos sindicatos.
Vale a pena, para evoluirmos nesse sentido, lembrar os três artigos que constam do dossier da revista, todos acessíveis em texto integral:
Sentidos, regulações e práticas de plataformização do trabalho em Portugal – https://journals.openedition.org/rccs/13957
Trabalho e nomadismo digital: práticas, sentidos e regulações. Uma introdução – https://journals.openedition.org/rccs/13942
Conflitos coletivos no trabalho em plataformas digitais: desafios à proteção da liberdade sindical no Brasil – https://journals.openedition.org/rccs/13985
E o dossier aqui: https://journals.openedition.org/rccs/13853