Campanha global da Confederação Sindical Internacional (CSI): Pela Democracia
Pela Democracia: campanha global da Confederação Sindical Internacional (CSI)
Sindicatos livres e plenos direitos laborais, incluindo o direito à negociação colectiva, só podem existir no contexto da democracia e do estado direito. Perante os múltiplos ataques a estas conquistas civilizacionais em várias partes do mundo a Confederação Sindical Internacional (CSI) lançou uma campanha mundial em defesa da democracia. Publicamos aqui a tradução portuguesa do boletim da CSI que apresenta a campanha.
O secretário-geral da CSI, Luc Triangle, declarou: “A democracia está gravemente doente em todo o mundo. Estamos a assistir a um aumento do autoritarismo, das ideologias de extrema-direita, da influência maligna das empresas na política e da deterioração dos direitos dos trabalhadores.
Mas os sindicatos dos trabalhadores têm a capacidade de curar a democracia e têm também uma visão para a rejuvenescer. Esta campanha irá unir o poder coletivo dos sindicatos de todo o mundo para defender os valores democráticos e os direitos dos trabalhadores, começando no local de trabalho e chegando até às instituições internacionais.”
A campanha “Pela Democracia” centrar-se-á em três níveis:
- Democracia no trabalho: realçar os direitos fundamentais dos trabalhadores à liberdade de associação, à negociação colectiva e ao direito à greve, a fim de os capacitar no seu local de trabalho.
- Democracia na sociedade. Defender a liberdade de expressão, sistemas de tributação justos, igualdade de género, proteção social e serviços públicos de qualidade, e desafiar o domínio dos interesses corporativos e das ideologias de extrema-direita.
- Democracia global: Apelar à reforma das estruturas económicas internacionais para que seja dada prioridade aos direitos humanos, a um sistema financeiro global justo, à cooperação equitativa entre países e à segurança comum pacífica.
Luc Triangle acrescenta: “Face aos crescentes desafios à democracia e aos direitos dos trabalhadores, é imperativo que nos unamos além-fronteiras para garantir que as nossas vozes sejam ouvidas. Podemos lutar contra a ascensão da extrema-direita e outras ameaças à nossa democracia mobilizando os sindicatos de todo o mundo para exigir um novo contrato social com valores democráticos e direitos dos trabalhadores, para exigir uma sociedade global justa e equitativa”.