Será útil perceber a evolução do país, no que aos dados concretos e reais ao emprego diz respeito. O relatório que o IEFP publicou em Setembro com referência ao mês de Julho de 2024 e período homólogo, pode-nos levar a tirar conclusões, nem que sejam parciais, do resultado das políticas públicas para o emprego.
Um número significativo salta logo à vista: menos 26,5% de ofertas de emprego em relação a período homólogo, o que não é de somenos. De resto, é todo um cenário pouco animador, desde logo porque o número de desempregados aumentou 7,3% num ano. De referir que quem possui o ensino secundário enfrenta dificuldades maiores, neste momento, assim como quem está á procura do primeiro emprego. O alarme é significativo se olharmos para as regiões, sendo o Algarve a região com um aumento exponencial face a 2023, tendo aumentado 17,1%. Nas actividades económicas em comparação, e sem novidade, estão aquelas na categoria de “Serviços”.
De referir que ao longo do mês de Julho de 2024, em todo o país, inscreveram-se 47008 desempregados, uma subida de 11,4% em relação a 2023 e 24,9% em relação a Junho deste ano. Também as colocações de pessoas são muito menores em relação a mês e ano anterior.
Também por género pode-se verificar uma tendência para que as mulheres, abaixo dos 25 anos, tenham dificuldade de acesso ao emprego, atingindo os 89,5% das registadas, neste Relatório. Por regiões, e sem surpresa, o Norte e Lisboa e Vale do Tejo têm um peso significativo nesta estatística, com 39,5% e 34, 9%, respectivamente.
Estas e outras conclusões podem ser verificadas e estudadas no Relatório associado a este artigo:
https://praxis.org.pt/wp-content/uploads/2024/09/Informacao-Mensal-julho-2024-1.ods
Rui Pedro Moreira